"Mais um dia em vão no jogo em que ninguém ganhou
Dá mais cartas, baixa a luz e vem esquecer o amor
És tu quem quer, sou eu quem não quer ver que tudo é tão maior aqui
Está frio demais para apostar em mim

Vê que a noite pode ser tão pouco como nós
Neste quarto o tempo é medo e o medo faz-nos sós
És tu quem quer mas eu só sei ver que o tempo já passou e eu fugi
Que aqui está frio demais para me sentir...
Mas queres ficar...

Tudo o que é meu é tudo o que eu não sei largar
Queres levar tudo o que é meu e tudo o que eu não sei largar...
Vem rasgar o escuro desta chuva que sujou
Vem que a água vai lavar o que me dói
Vem que nem o último a cair vai perder...

Tudo o que é meu é tudo o que eu não sei largar
Queres levar tudo o que é meu e tudo o que eu não sei largar...
Vem rasgar o escuro desta chuva que sujou
Vem que a água vai lavar o que me dói
Vem que nem o último a cair vai perder...
Não... Não vai perder... Não vai perder!"
~
Tiago Bettencourt & Mantha Blog


















Ao caminhar pelas ruas de uma cidade, devíamos resistir à tentação de levar o nosso olhar sempre na direcção do que mais nos convém.
Há que olhar para cima, para os prédios, para as suas janelas, varandas e terraços. Há tanto neles que nos surpreendemos a cada passo.
E é naqueles dias...
nos piores!
É justamente nesses dias que devemos fazer uso da distracção e elevar o olhar bem lá para cima, onde as coisas mais bonitas se escondem...
...onde colhemos da nossa imaginação momentos que nos ajudam a esquecer o que nos deixa de rosto vazio e sem nada para dar.


Devíamos colher flores todos os dias. Sorrir para elas e deixar que o mundo delas nos leve.

Devíamos nadar no mar todos os dias. Imaginar cardumes enquanto sentíamos aquele sal que nos hidrata a pele, o corpo e o sorriso que nasce assim que voltamos à superfície.

Podíamos, todos os dias, fazer a diferença, querer mais e redescobrir em nós pessoas felizes.

Sonhamos em ser crianças outra vez, não é?
Talvez seja porque corríamos sempre tão depressa sem nunca pensar em abrandar...

...de tão bem que sabia!


Sabe bem viajar no tempo
Fecharmos bem os olhos e sentimos o ruído e o clamor
A coragem e o medo

As palavras daqueles dias e os credos da vitória

Foi bálsamo neste dias de águas tão paradas.
~
Tapeçarias de Pastrana
'D. Afonso V e a Invenção da Glória'
MNAA até 12 Setembro

É um vazio com desânimo.
Com promessas e futuros.
porque o presente foi de férias...
e o passado lá ficou.

Os que agora conhece são ocos.
Serigrafias sem arte.

Quer criar e não consegue
Quer sonhar mas não persegue... o que um dia a motivou!

Vamos lá! Vamos em frente!
Que a fraqueza nunca curou
desalentos e angústias...

de quem sempre acreditou!