É um sentimento que se alinha num sem saber o quê. Ou para onde.

Uma elevação constante em que as perguntas não cessam… as dúvidas e as incertezas… essas que amanhã nos vão afinal parecer tão claras. Mas hoje?

Hoje, a procura é constante deixando-nos tantas vezes dormentes numa morosidade detestável.

Será talvez um lugar comum, cliché ou capricho. Para alguns…!

Outros outrora reconheceram esta demanda como enriquecedora da alma e do carácter.

E porque o amanhã não tardará em hoje ser, que venha então o sol, a música de sons claros e leves, o mar, a frescura dos dias e as convicções… os sonhos e a ventura de dias felizes.

"...nasci tarde de mais para o desconhecido e cedo de mais para a lucidez. Não sei o que procuro, mas sei do que fujo. Não sei o que encontro, mas sei que vou, que flutuo - como este grande balão, devagar e em frente, suspenso sobre tudo o que são as certezas, a terra firme onde os outros são felizes e realizados e eu não."

in, Rio das Flores, Miguel Sousa Tavares