Depois de aos 23 anos se ter tornado um fenómeno à escala mundial, Jamie Cullum, o menino-prodígio dos ingleses, continuou a trilhar uma carreira de sucesso. O primeiro álbum, editado em 2002, “Pointless Nothing”, captou a atenção da indústria musical, e valeu-lhe um contrato com a mítica editora de Jazz, “Verve”.

O sucesso não parou a carreira ascendente de Cullum, depois de uma digressão bem sucedida surge, em 2005, “Catching Tales”, o maior sucesso do músico até à data.

O álbum vendeu mais de dois milhões de cópias pelo mundo inteiro e valeu-lhe uma nomeação para os Grammy’s.

Em “Catching Tales”, a arte de Cullum para compor canções volta, já não como surpresa, mas sim como confirmação. O menino britânico cresceu, e com ele cresceu o dom para nos encantar, através de melodias simples onde a harmonia do jazz marca forte presença.

[Fonte: http://www.coliseulisboa.com/]

:::Recomendo vivamente!! Minhas favoritas: My yard, All at sea, Catch the sun, Mind Trick:::

Depois de tanto admirar e de sentir ao máximo todos os pormenores adjacentes daquele lugar que me faz sentir tão bem, entendo o porquê de tantos artistas terem o Porto como fonte de inspiração.

Ali respira-se o ar conduzido pelo Douro, ar repleto de significados, de história. Senti que ali nada podia alterar o que entendo de mim.

É na autenticidade daquele lugar que nos podemos sentir portugueses e orgulhosos de sermos quem somos, de não questionarmos jamais a importância de vivermos aqui – em Portugal.

Pressinto que ali tudo podia ser mais fácil, mais doce. Engano-me de seguida pela ambição, pela utopia.

Preciso de voltar, de sentir tudo outra vez, quero voltar e ver tudo aquilo num contexto diferente. Se os sentidos se comportarem da mesma forma, certificar-me-ei de que este é o sítio perfeito para me encontrar sempre que me sentir perdida.

Enquadramento perfeito.

Quero mais.

Caí ali de pára-quedas, anestesiada. Mas nem por isso menos predisposta e determinada.
Pensei somente no objectivo que todos, como eu, queriam alcançar.

Fui com raízes, é certo, mas acabei por semear ali uma cultura suficientemente duradoura e resistente.

Curioso…

Fui-me moldando, fui sorrindo, chorando, mas, acima de tudo, crescendo. Fui, sobretudo, com a vontade de criar laços irremediavelmente sólidos.

Aconteceu.

Criei convosco memórias, traços, registos. Dei o melhor de mim.
Gosto de acreditar que deixei um pedaço de mim em cada um de vós.

Mudei. E foi ali que o fiz.

Empenhei-me em tudo o que toquei.
Sonhei. Em tamanho pequeno. Mas sonhei! : )
E aquilo que o acto de sonhar nos proporciona é, irreparavelmente, melhor e mais forte que mil desilusões.

Consegui tudo isto ali.
Comigo.
Convosco.

Deixo-me agora levar por um turbilhão de pensamentos.
Concentro então, estas palavras em momentos, segundos, pedaços de memória.
Acabo de os transformar numa vontade.

A vontade de voltar.


[Foto de Ricardo Lourenço]


Este há-de ser um espaço à minha medida.
Há muito que não faço uso da escrita senão para obrigatoriedades académicas. Pois bem. Este é o momento de recomeçar e de, acima de tudo, poder partilhar...!
Neste lugar terei oportunidade de revelar momentos, experiências, preferências, pormenores...

Porquê Memória de Elefante?!
Gosto particularmente da expressão...
A memória é a capacidade de reter, recuperar, armazenar.
Os especialistas defendem que é através dela que damos significado ao quotidiano e acumulamos experiências para utilizar durante a vida.
Assim sendo, porque não fazer uso da "memória" à escala do maior animal terrestre da actualidade? : )