Eis senão quando surge a oportunidade de, em duas semanas e picos, estabelecer uma relação de amor/ódio com um collant «à venda na sua farmácia».

«Este é um produto com efeitos terapêuticos para quem sofre de mazelas no pernil blá blá blá».

GPS a postos – «o seu plano de viagem está a ser calculado» – e lá ia eu sem saber para onde… à mercê do meu novo amigo de voz grossa e charmosa.
Depois era só subir ao palanque e com altifalante em punho fazer o que sei de pior:
- «Olhó collant bom e fresquinho!
Vá lá mulherada que ainda leva brinde!»

Ao longo destes dias ganhei inimizades, olhares travessos e sorrisos de esguelha do tipo «já gastei o pilim todo este mês… pela tua saudinha deixa-te estar aí quietinha…»

Intimidante, não é?

O importante é que sobrevivi e fui aprendendo umas quantas coisas sobre qual a melhor maneira de "acartar" um expositor sem riscar os muy nobre pisos dos centros comerciais ou então… como não deixar o carro ir abaixo em pleno pára-arranca da A5.

Enfim… o tipo de coisas oportunamente importantes para o meu ainda jovem percurso profissional.

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